sábado, maio 22, 2004

Ternamente

Esqueci-me de uma janela aberta.
Atreveste-te a entrar por ela sorrateiramente
Deste por mim sentado num cadeirão solitário
E com um olhar tornaste tudo mais dificil.
Recriaste a figura de um anjo provocante, a sorrir
O que me deixou sem fala, a pensar em como haveria de agir.
Aproximaste-te de mim, deste aos teus olhos a expressão de tristeza
Deste toda a tristeza do mundo ao teu semblante
Eu, naquele cadeirão solitário, vi sombras ganharem vida no teu rosto
Aproximei a minha boca da tua
Resmunguei comigo mesmo por não o ter feito antes
Entreguei-me
Fluí, fechei os olhos nos teus lábios,
E sem crer- Eternamente

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