Urge de novo
o aperto
Que tudo fosse diferente,
Hoje não sou eu, hoje sou outro,
Ontem fui ardente
Morreu em mim
a vontade,
vi quebrar a paixão,
razão pungente não se gasta
numa só desilusão.
Estende-se o nojo
À entrega,
Sombra crua que atraiçoa.
Como raiva, como ordens
No balanço da Canoa.
O silêncio destas águas
Não serena nem se apaga
Consiste na fobia
Sempre em riste, coisa rara
O dia que não me doa,
Vagueando por mim mesmo
Na corja do boto esmo,
De vagar nesta canoa.
quinta-feira, novembro 03, 2005
De vagar nesta canoa
Publicada por Artur à(s) 10:43 da tarde 0 comentários
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