quarta-feira, janeiro 07, 2004

Feliz Ano Novo

Hoje, ao passar por uma banca de jornais e revistas da nossa praça, dirigi a minha atenção para o Jornal " o Público". No cabeçalho estava escrito qualquer coisa como "Valor real dos ordenados dos Portugueses diminui em 2003/2004". Penso que não estou a citar correctamente, mas tinha este sentido.
O valor real...sim, eu aprendi o que quer dizer dizer valor real através da diferença entre este e o valor nominal. O segundo é a camuflagem do primeiro. Um artificio inventado pelos primeiros economicistas para sossegar as classes "menos" assalariadas. Pelo menos, só entre estes resultava verdadeiramente, visto que os outros, entendíam o sentido de valor real na sua genese filosófica, ficando as referidas classes entregues á sabedoria impirica das suas bolsas.
Na verdade, eu já sinto o vortice destas filosofias do real e nominal há mais de dois anos. Julgo que me posso situar sem grandes exageros no ano 2000. Mas está de facto agravar-se a diferença entre os dois valores, e num sentido que não me agrada nada. Nas minhas cadeiras de história também me recordo dos efeitos a longo prazo destas tendências! Como é que vamos sair daqui, o que fazem os outros para melhorar tudo isto. Em boa verdade, se aplicar dinheiro da minha pessoa através de um investidor, vou esperar que ele ganhe dinheiro daí, isso é inerente, mas que me faça ganhar algum a mim também. Se ele me diminui os rendimentos em vez de os aumentar então eu não vou ficar muito satisfeito com o assunto, e mudo de investidor. Esta seria apenas a solução para mim, não para o País. E se o investidor me roubou então vai ter que pagar com justiça. Bem, o estado deveria ser privatizado parece-me.
Este cabeçalho fez-me lembrar uma forma de arte, pois os nossos ordenados em Portugal há muito que ganharam um sentido para além das filosofias economicistas. Podendo acrescentar na minha visão um outro valor, ao valor nominal e real, denominando-o como surreal. É o meu empirismo que me diz estas coisas absurdas e sem nexo.

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