quarta-feira, janeiro 07, 2004

Erro Crasso

Wittegenstein dizia que o mundo nunca poderia ser feito de coisas, apenas e exclusivamente de factos.
Mas facto é que muitos fazem das coisas factos.
E é também um facto que não se pode definir "coisa", este é um termo tão abrangente que não abrange realmente nada.
Quando nos encontramos a falar de certas coisas a verdade é que não falamos certamente de nada. Nunca se atingirá a totalidade do mundo. Dificilmente se alcança o objecto prentendido.
Houve em tempos um individuo que estando numa batalha na Siria cometeu um erro que lhe custou a vida. O problema não está no erro mas na sua negação. Deveria ter usado o erro como ponto de partida, assumindo-o, dominando-o, usando-se dele como a um utensilio. Acabou por ter de contar com o erro em determinado momento da batalha, e verificou-se ser o seu fim. Foi tarde demais!
São coisas da vida que acabam com a morte. Saíndo do sentido figurativo, refiro-me portanto á constatação do facto.
É com esse sentido que ando a tentar desenvolver uma disciplina Espartana. Devo estar sempre atento aos erros, assumir que são meus, e fazer deles pontos de partida mal os tenha reconhecido.
Tudo isto porque quero uma vida mais factual e menos coisal.

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