aprendi nas entrelinhas do asfalto a libertar o que nunca a mim me pertenceu
fiz cadernos copiosos de letrinhas certas sem nunca usar a borracha
aprendi a somar e a subtrair, a dividir e a tirar resultados
mas nunca me disseram que operava a minha vida
ensinaram-me sem qualquer aviso
hoje aprendi a não ter lágrimas e a não ter sequer pena de nada
não sou gelo mas também não me comove o recomeço
sem ter nada a ver com o assunto, lembro-me de um velho
ouvi-o já não sei onde neste país de velhos
dizia: "enquanto houver língua e dedo, não há mulher que meta medo"
Que assim seja a vida
Simples
sexta-feira, janeiro 20, 2006
Quando sou outro
Publicada por Artur à(s) 5:26 da tarde
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