quarta-feira, setembro 14, 2005

6:17

Seria, então, como dizer-lhe somente

olá

e deixá-la entrar e sentar-se, delicada; oferecer-lhe um cigarro (o último!) e ficar a beber bom vinho para o resto da Eternidade.
Sem pensar.

6:17 AM

Cansado de esperar, João olhou para ela no Sofá em frente, terminou o seu café e decidiu matar a morte.
Pelos vistos não temos uma Eternidade para esperar pela morte! Não quero dizer com isto que João procurasse a morte, não, nada disso, mas esperar 6 horas e 17 minutos sem tabaco em frente a uma figura delicada, sentado num sofá confortável, com os lábios manchados de vinho tinto, sem qualquer conversação, isso sim é de desesperar. Ainda para mais, ela nunca chegou a retorquir ao seu olá. Não se pode admitir!
De facto a Eternidade só é doce na memória dos outros. E, sim, sem tabaco e sem vinho prefiro não esperar mais! Tal como o joão.
Sem pensar.

2 comentários:

Anónimo disse...

o que te posso dizer, hein?...
não me consigo livrar do sorriso que me meteste nos lábios.

um Abraço§

(e sim, o texto que está no Borderline, faz dele o que quiseres. Por favor!)

Maria disse...

Devo ser das pessoas mais sortudas das redondezas de poder um dia dizer que vos conheci.
Do fundo.

*