quarta-feira, julho 06, 2005

SINA D’INDIGENTE

O Homem sem Terra
Poeta sem pena,
Traz os olhos tristes
Da sorte ser pequena,

Da sorte ser pequena,
De tanto caminhar,
Não tem chão não tem nada,
Nunca poderá voltar.

É devedor à Terra
A Terra lhe está devendo
Ao que a terra paga em vida
O homem paga morrendo


Sem escrita, sem lavra,
Sem papel onde vingar
O homem segue andando
Sem ter nada que pagar,

Sem ter nada que pagar
Sabe bem a sua sorte
De quem vive neste impasse
Sem ter Terra que o suporte.


É devedor à Terra
A Terra lhe está devendo
Ao que a terra paga em vida
O homem paga morrendo




(refrão adaptado do cancioneiro Portugês)

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