quarta-feira, julho 06, 2005

Não à volta que é para Diante

A volta é sempre para trás
Soltai-me, quero ir adiante
Também nasci com dois pés
Mas o passo é sempre errante

Venho a arrimar caminho
A estrada é o meu alimento
Deixa de ser homenzinho
Cresce neste movimento
Não te queiras simplóriozinho
Com orelhas de jumento

Sigo rumo à sorte
Venha o que vier
Sigo sonhos que o mundo
Tem
Recantos, ando morto para os ver


Não me venham com histórias
Que só tem culpa a Velha Senhora
Já não entra na Terra a enxada
Porque hoje a Velha é Doutora
Já não entra na Terra a enxada
A Liberdade ainda demora


Com dois pés eu não posso parar
Contra a inércia aviso-vos já
Estou farto de ouvir dizer
Que só com cunhas se vai lá
Estou farto de ouvir dizer
Que só com cunhas se vai lá

Sigo rumo à sorte
Venha o que vier
Sigo sonhos que o mundo
Tem
Recantos, ando morto para os ver

1 comentário:

Anónimo disse...

também eu, quando crescer, quero ser como tu.
acima disso tudo, só te posso dizer que te tenho como umas das pessoas que me são mais queridas.

um abraço.
§