domingo, novembro 21, 2004

O carnal é em mim sangue, o teu sangue

Rodeias-me com esse jeito de quem quer trepar sem receios e trilhos de cobra, a empurrar-me com silêncios insolentes de encontra a superfície talhada pelas minhas mãos em fuga. A noite de carne alonga-se em membros intermináveis, sulcados de cetim e saliva quente, com chamas a arder nos olhos, e línguas agitadas nos rituais sincopados pelos estalidos do desejo. O torpe é envolvido nas paredes do vórtice que dança na melodia de campainhas e gemidos metálicos. As sete escravas apertam o laço enquanto espalham incenso e pétalas, cantando a silvos as unhas a cravar o veneno, paixão, no mais liquido interior, onde incessantemente, se erguem veias, veias e sangue. O meu sangue.
O teu sangue.

1 comentário:

Hearthy Lovin Greens disse...

Lindo...

Beijo desconhecido*