Alegra-me ouvir o som da chuva por dentro da chuva
É o tilintar luminoso da minha loucura já derramada
Abrupta sobre qualquer sentido de razão
Cuspindo água carregando sobre trapos esquecidos
O corpo macerado de chagas abertas por dentro
Marcado de tanto coçar por dentro
Não sente a rudeza dos trapos que ficam por fora
Parece que já nada o pode aquecer
O som da chuva por dentro da chuva
Esse nasce frio como o corpo gelado
A dor que se faz de unhas afiadas
Solta a loucura como um arrepio nos olhos
Cuspindo água para todos os lados
terça-feira, maio 25, 2004
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Publicada por Artur à(s) 4:26 da manhã
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