quarta-feira, março 03, 2004

Fascismo

Apetece-me deliberar sobre isto sem qualquer sentido ou conclusão a extrair...
Surgiu-me a duvida na mente do que seria um Fascista.
Acho que acima de tudo é um ser humano que tem uma idelogia politica e filosófica, e que num meio democrático tem realmente direito á "existência". Será de direito, se esta concepção não me falha.
Contudo, dos fascistas que eu conheço, todos apresentam tendências normativas. As suas aspirações são mesmo essas, e refiro-me á normalização da sociedade. Manifestam um desejo de instalar a ordem, os bons costumes, o que pode não parecer de má intenção não fosse o desespero que os leva a querer impor essa vontade ás "outras" vontades.
Pergunto-me o que seria de uma sociedade normalizada. Existiriam homens como Henry Miller, Dali, ou um Woody Allen? Mas se não fossem as sociedades normalizadas teríamos homens como José Afonso, Che guevara, ou Manuel de Oliveira? Será obvio que todos eles exisitiriam, mas teriam a mesma dimensão hoje?
O ponto mais interessante da questão é o constatar que estes fascizoides reclamam um modus vivendi que sabem ser ímpossivel insistindo que deveria exisitir não obstante, porque seria representativo. Parece-me que tudo não passaria de um acto de cinismo maior, numa sociedade do "faz o que eu digo não faças o que eu faço", onde todos seríam correctos á luz do dia, e insurreitos ao olho da lupa. Tudo pela ordem, moral, e bons costumes. Os radicalismos esqueceram-se de ostracizar o termo EDUCAÇÃO, tal como fizeram á palavra NAÇÃO.
Por estes plano de ideias, os fascizoides revelam-se tão utópicos como os comunistas. Não querendo fazer comparações de fundo, obviamente. Digo apenas que me parecem utópicos.
A utopia não é um bicho de sete cabeças, e pode muito bem ser um dos motores do progresso e mudança. Não estou a tecer criticas aos utópicos, apenas me divirto em pensar num fascista, homem sério, de moral, de costumes, e utópico. É uma imagem deliciosa!

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