segunda-feira, dezembro 22, 2003

O Amendoím
(Arachis Hypogaea)

Semente vegetal da família das Leguminosae, da sub-família das Papilonoideae, género Arachis, pertecente ao grupo das Dicotiledôneas, oriundas da América Central.

A planta do amendoím tem um sistema especial de frutificação,denominado por Geocarpia, através do qual uma flor aérea, de cor amarela, após fecundação,produz um fruto subterrâneo. Resultanto em corpos potêncialmente ferteis e hermafroditas, autógamos.

Produto alimentar rico em lipidos, carbohidratos, sais minerais, vitaminas, proteínas, não contém colasterol, ao contrário do que se possa pensar.
As vantagens do consumo deste vegetal são inúmeras. Ora vejam;
Vitaminas:
- B ( B1/B3, acido pantoténico, niacina, tiamina, assim como, acido fólico, regularizador das funções sanguíneas e hepáticas ), com grandes vantagens para o sistema neuro-muscular;
- E ( conhecido como o "Afrodisiaco do Amendoím" ), produzindo hamónios sexuais, responsáveis pelos caracteres sexuais dos índividuos.
Sais minerais:
- Ferro, Cobre, Calcio, Enxofre
- Fósforo ( actuando como estimulador da memória )
- Potássio ( facilitando as passagens de informação produzidas pelo sistema nervoso )
- Zinco ( antioxidante actuante no mecanismo de envelhecimento celular ).
Contém ainda um aminoácido, a arginina, que incentiva o corpo a produzir óxido nitrico, o qual mantém auxilia o sistema imunológico na sua luta titânica contra o cancro.

Altamente nutritivo ( 100g=596 kcal ), é de fácil digestão, contendo óleos que podem substituir outras gorduras, sejam vegetais ( como o azeite), ou gorduras de origem animal. Assegurando um bom desempenho do sistema digestivo, ao ponto de actuar como um estimulante para o apetite. Os benefícios deste fruto são tão varíados que, desde 1940, vinha a ser utilizado pelos E.U.A. como parte da dieta dos seus enfermos, admnistrado sob a deliciosa formula da manteiga de amendoím, até que se generalizou o seu consumo. Só para ter uma pequena ideia das propriedades energéticas deste produto, verifica-se que 30 g de manteiga de amendoím fornecem energia para 45 minutos de caminhada.

Mas, como todas as rosas têm espinhos, pelos menos aquelas que não forem manipuladas genéticamente, também o amendoím tem o seu espinho. E é um facto que certas doenças são transmitidas através de alimentos, causadas por micotoxinas ( substâncias metabólicas tóxicas, produzidas por algumas linhagens de fúngias, as quais necessitam no seu crescimento, da humidade relativa do ar).
Uma das micotoxinas conhecidas são as aflatoxinas, estando estas entre os mais potentes carcinogénicos. Felizmente a União Europeia deliberou leis de restrição comerciais, tendo em vista o controle de importações referentes a este produto, impondo um máximo de aflatoxinas suportável.
Existe ainda outro aspecto negativo, mas muito mais raro, e refiro-me ás alergias. Como certos indivíduos têm uma reacção alérgica ao amendoím, algumas farmacêuticas procuram um produto que anule este efeito. Uma procura bem justificável, tendo em conta que os sintomas podem variar de nauseas e irritacão cutânea, a choques anafiláticos e mesmo a morte.

Não obstante, o amendoím é comercializado sob as mais variadas formas, como a já referida manteiga de amendoím, ou óleo de amendoím, amendoím salgado, com piri-piri, com chocolate, torrado, cru, utlizado como ração para animais, ou como fertilizante ( a partir da digestão feita pelos mesmos animais - estrume ), servindo de matéria prima para a farmacêutica ou a industria de saboaria. Ou mesmo, derivando da sua moagem um óleo de segunda categoria, o qual tem uso como combustível das lâmpadas dos mineiros.

Possívelmente, poderíamos usar o amendoím para lutar contra a crise em que nos afundamos. Uma crise que faz levantar muitas vozes criticando acérrimamente este pequeno país, o qual não haja dúvida tem muitos pontos incontornáveis a debater, mas que não deixa de ser uma crise conjuntural, á qual na nossa pequenês nos é difícil de escapar. É verdade! Não somos só nós...


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