Cai-nos a morte em cima
sem carícias. Abrupta.
Meus senhores, Minhas senhoras:
Afinal não há bandeiras negras
nem farrapos sibilantes
nem frio ou odores agoniantes
Cai-nos em cima e ficamos ali
sem saber mais em que crer
com um nome seco na boca
a língua numa redoma de recusas
e sentimos os olhos a rebentar
quando não são lágrimas que saem
mas memórias
querer encher de vida um corpo inerte
desejar dar sangue à mão de buril
que um dia nos soube esculpir
queriamos tanto, outra vez, novamente!
a morte sem nos fazer cair cai em nós
Não revelando à sua luz
que também iremos tombar
e quando cai ela Zomba de todos
ensurdecedora
Como se nos vazios batesse o eco da dor
quinta-feira, setembro 14, 2006
Publicada por Artur à(s) 7:02 da tarde
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5 comentários:
Que tamanha razão tens tu.
Têm as tuas palavras, aliás.
Pensava que já ninguém vinha aqui espreitar.
Obrigado pela visita "PalavrasPerdidas"
Pensas mal.
: )
Poema denso e profundo, palavras bem conseguidas sobre o tema mais falado dos vivos.
Abraço
Olá amigo,
Postei um texto sobre o Frei Galvão, daqui do Brasil, e gostaria que você comentasse. Espero que você não seja católico...
Um abração
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