segunda-feira, novembro 01, 2004

O meu regresso

Fiz-me ao caminho e de subito me vi pedra. Fez-se o tempo de construir uma casa nova e necessáriamente me vi casa. Veio o frio e convenientemente vieram muitos a abrigar-se nas minhas paredes. Caminhou o esquecimento, eu caí e caminhei também. Cheguei ao mar de me vi onda. Carreguei em mim um barco de pescador com uma faixa azul pintada. Embati contra um rochedo para acordar o faroleiro, ele correu emitir sinal, eu parti, luz, de encontro aos olhos do marinheiro à espera da costa. Ao desembarcar fiz-me terra. Cresceu em mim uma ideia, e fiz-me árvore, pendurei-me de ramos na nascente e esperei que viessem beber aquela água. Dei fruto para o fazer caminhar novamente. Apanhado pela mão pequena de um puto fiz-me bicicleta e parti para lá da procura. Voltei ao lar como campainha a festejar e a avisar o retorno.

Tudo me parece possivel quando estou onde mais desejo estar

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