sábado, novembro 27, 2004

Lá vão dois dedos



Dois dedos carregados de fogo
Percorrem as ruas do corpo
A tropeçar em silabas miudinhas
Bêbados de ausência e poemas violadores



Dizem escrever o desejo dos milagres
Com madressilvas e recados a arder
E beijam apaziguados com bocas invisiveis
Dormentes de afecto e passos desmoronados



Batem mais tarde á porta das convulsões
A devorar as nesgas do Tormento
A atear com choro os sulcos do crepúsculo
Pressentindo violetas e gritos de chuva




Até que a noite bata em retirada



até que finalmente a noite bateu sem dizer nada

1 comentário:

Maria disse...

suave.. :)