sexta-feira, maio 28, 2004

Na inquietude da minha Ressureição

Sou a imagem decadente do meu reflexo
Quando um cheiro fétido emana da impotência pungente.
Sou uma arma a disparar sem cano
Pelo que cerro os olhos como quem não quer ver a dor.
Incapaz, não consigo saber qual o lado do espelho.
Eu...não consigo...

De mãos atadas, moldo o barro dos meus dias
Que coso com a sede de saliva cáustica sempre a queimar,
Sem jamais a conseguir engolir.
Ardo quando me procuro sem nunca estar onde espreito.
Sou volátil! O meu corpus encolhe e dilata pela combustão.
Mas este, não é um processo fisico.

Não existem alquimias para estas dores!
E duvido que se fabriquem contraceptivos fiáveis.
Portanto, escondo-me nas ruas localizadas da cidade,
Por muito menos, saberei onde estou fictíciamente.
Ardentemente. Exasperadamente. Ruídosamente eu te digo:
Talvez consiga...
Sim!...
Talvez consiga!
Talvez.......

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