terça-feira, maio 25, 2004

E Agora...

Sem tomar atenção a um momento
Sem necessidade de definir um espaço
Prefiro perder-me sem pontos de referência
sem linhas, sem momentos, por ocasos
Fico algures onde me aperta o peito
Suavemente nos becos da imaginação
Mais cego que de olhos fechados
Entre o adormecer e o despertar
Enleado em cabelos brilhantes
Ou olhos como dois Sóis na escuridão
Caminho perdido no teu sentido
Navego ao sabor do teu sabor
Deixo-me cair porque julgo ver teus braços
Porque me agrada a ilusão
Penso-te sem mais motivos do que sentir-te
Sentir-me a sós contigo
Perco-me na curva dos teus lábios
Escondo-me na esquina do teu pescoço
Mas a verdade é que desato a fugir
Atiro-me para o escuro a correr
Onde tu conheces todas as ruas em que me escondo
Como poderia fugir-te?
Tu estás onde eu estiver
Sempre presente
Sempre dentro de mim

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