sábado, maio 08, 2004

Deixo-te as palavras necessárias para te fazer o Poema que não consigo


Um poema nunca tem as palavras necessárias
Nunca se cobre de palavras extraordinárias

Um poema tenta falar do que se sente
Por consequência e por fim o poema mente

Fica sempre aquém do que consigo dizer
Fico nervoso e sei que não há nada a fazer

Então deixo-te palavras a que chamo poema

Sobre uma cabeceira imaginária de Lousa

Com letrinhas riscadas sorrateiramente á pressa

Não fosses tu entrar de repente no quarto

Sou criança com silabas no canto da boca

Meto os dedos dos pés pelos dedos das mãos

Só de tentar explicar um simples porquê.


Para te agradecer as palavras no meu espelho...









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