quarta-feira, março 22, 2006

Ad Eternum

loucura loucura loucura

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loucura...

louCURA...loucura
...
há neste estado clínico uma palavra que me teima

sexta-feira, março 10, 2006

Oração

Ao sobre vento que sobre a minha cabeça sussurra
À loucura e ao imediato ao pensamento soergo e relevo
Os sulcos marcados na pedra diste da minha lembrança
Na cidade triste menina de uma criança
Enrola-se a lágrima de choro perfumado a pinho
Pungente pinta de animal pardo mamífero achincalhado
Na sujidade dos passeios incólumes onde não quero ficar
Esta resignação que me avassala doma e flagela
É o sorriso parado na beira do lago
Se às águas límpidas não se vêem
Não se tocam
Lavram-se lençóis com promessas nocturnas Impossíveis
Acerca da pureza dos líquidos e hiatos de risos
Hienas Camaleões de sentidos Senhores dEUSES
Cirroses programadas em vómitos sazonais
De azul e verde musgo Lápis sob a afia
Torcendo a língua quando adoça
O discurso não se afina agasta-se
O que devo ao que não percebo?
Quantos pregos são urgentes para purificar as mãos
Quantos coroas terei de experimentar até ao parto
Até parir outra sugestão impressionante ás vezes
Indiferente obtusa drageia de micro partículas de giz
No quadro dos meus olhos Razão

O que espero quando me aparto e me engulo
Nem a mim me é dito pelos ditadores segredos
Só mesmo ao postigo dos degredos noivados
De cálices de álcool e morte Abrem portas
Arcanjos Poços e Demónios in festa
Ando porque aprendi a andar Mas
Sem compreender porque ando
Sabe-me tudo a regras e regras a fel
Vendo-me à bondade e ao bem
Sem qualquer motivo fiel a mim mesmo

Ao lobo que em nós quer uivar
Às urtigas e aos miseráveis
Á inconsistência e liquidez
À execução dos indulgentes
Ao fogo que nos queima
E ao corroer do nosso sagrado corpo
Peço benção